Marta Suplicy - A primeira-dama das cavalariças

Também conhecida como relaxa e goza
“Candidato Kassab: por que você tem vergonha de dizer que anda com o Maluf e com o Pitta?”, pôs as mãos nas cadeiras Marta Suplicy no meio do debate na TV. “Eu ando com o Lula”, prosseguiu, com cara de debutante contrariada, a edição vespertina da colegial do Sion. “E tenho muito orgulho das pessoas com quem ando”, encerrou acionando o pisca-pisca das pestanas.
Naquela noite de 2008, o prefeito Gilberto Kassab limitou-se a reiterar o arrependimento que sente por ter chefiado a secretaria municipal de Finanças na administração Celso Pitta. E só registrou de passagem que Mônica Valente, a mulher de Delúbio Soares, era a assessora de estimação da candidata do PT. Um adversário menos clemente teria ido bem mais longe.
Perguntaria a Marta Suplicy, por exemplo, se ainda é a melhor amiga de Delúbio, e se continua andando com o companheiro gatuno que, em 2003 e 2004, festejou a seu lado a passagem do ano. Também perguntaria se tem saudade das temporadas em que Delúbio e Mônica Valente se hospedaram na casa alugada no Guarujá por Marta e Luis Favre.
Ela sempre andou sem remorsos com mensaleiros, sanguessugas, aloprados, estelionatários, punguistas ─ todas as tribos da nação dos aliados pecadores têm vaga nos palanques de Marta Suplicy. Sempre confraternizou com gente como Paulinho da Força, Professor Luizinho, José Genoíno, João Paulo Cunha, José Dirceu, Antonio Palocci. Sempre fez de conta que as vestais não caíram na vida, e portanto merecem a honra do convívio com a quatrocentona Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy.
Antes de censurar o adversário por equívocos passados, a favorita da bandidagem expediu a instrução famosa aos flagelados do apagão aéreo: relaxem e gozem. Dias depois do debate, ordenou aos eleitores que perguntassem ao prefeito por que não era casado e não tinha filhos. Certos filhos, melhor evitá-los, e qualquer solidão é preferível à companhia de um milongueiro, deixou de responder Kassab. Os eleitores responderam por ele.
Quanto mais idosa fica, menos ajuizada Marta é, informa a declaração em que absolveu Dilma Rousseff, acusou Fernando Gabeira e condenou-se, de novo, a explicar o inexplicável. Até os bebês de colo e os doidos de pedra sabem de que lado estão os malfeitores em geral, os corruptos em particular e, de A a Z, os militantes da esquerda psicótica. Pois Marta resolveu responsabilizar pelo sequestro e quase morte do embaixador Charles Elbrick o único que se penitenciou publicamente pelo engano histórico. É muito cinismo.
Somada à infamante comparação entre Dilma Rousseff e Nelson Mandela, a delinquência cometida por Marta escancara o fantasma que assombra a companheirada: o prontuário da sucessora que Lula inventou, ornamentado por assaltos a bancos dos quais jamais se arrependeu. E reafirma a disposição, partilhada por milicianos do século passado, de institucionalizar o avesso das coisas.
No Brasil da Era Lula, o errado repreende o certo, o claro tornou-se o escuro, os honestos são condenados à danação eterna por pecadores juramentados. Talvez seja tarde para recorrer à Divina Providência: pelo que anda dizendo e fazendo, Lula se entende diretamente com Deus. É natural que Marta sinta orgulho dos companheiros de palanque que, se a Justiça brasileira funcionasse, só conseguiria ver de perto nas visitas dominicais à cadeia.
A granfina do PT está namorando há alguns meses o presidente do Jockey Club de São Paulo. Parece já ter assumido o posto de primeira-dama das cavalariças.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

publicado por Lord às 16:00 | link do post | comente